quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Vale das sombras



No vale obscuro, sombras da morte, perseguiam aqueles cujo coração era a parte mais importante do seu corpo, abaixo dos seus pés brasas que faziam com que você caminhasse eternamente pelas sombras. Não se vá, são apenas mentiras, apenas mentirosos, trazer a dor é o dom deles.

Era uma noite fria, um galho tocava a janela repentinamente fazendo um barulho que me deixava inquieto, estava escuro demais, mas eu acho que vi algo passar pela janela, a porta do armário rangia, eu me sentia realmente protegido em baixo das cobertas, em instantes tudo se acalmava, ouvia meu coração palpitar era o único som do lugar, sem galhos batendo a minha janela, nenhuma porta rangendo, tinha parado de ventar lá fora, mas mesmo assim, achava o silencio mais estranho do que aqueles barulhos, uma voz sussurrou em meu ouvido, ”É tarde demais”, meus gritos pareciam não surti efeito, acho que ninguém existia naquele mundo além de mim, e depois de sentir um mão perfurando meu peito e arrancando o que eu tinha de mais precioso, eu gelei e meus olhos arregalados de dor se fechavam lentamente, senti meu corpo gritar por clemência. Segundos depois, meus olhos se abriam, era um pesadelo, suspirei aliviado estava suando frio, e deitei lentamente no travesseiro, até que escuto um barulho, era um galho que batia em minha janela , a porta do armário rangia ...“